Durante as movimentações militares feitas na madrugada de 25 de Abril de 1974, que viriam a aniquilar 48 anos de fascismo, chegavam notícias preocupantes ao Posto de Comando instalado clandestinamente num barracão no Regimento de Engenharia da Pontinha (Lisboa): as tropas da Escola Prática de Infantaria (EPI) que tinham partido de Mafra por volta das 02H00 com a missão de ocupar e controlar o Aeroporto da Portela não transmitiam notícias da sua situação. Face à ausência de informações sobre a situação do aeroporto de Lisboa a operação «Fim-Regime» do movimento dos capitães sofria um contra-tempo, resultando, o adiamento da transmissão do primeiro comunicado que estava previsto ser lido às 04h00. Na verdade, a situação do aeroporto ficaria resolvida por iniciativa do Capitão Costa Martins.
O então capitão Costa Martins realiza um acto heróico que é muitas vezes esquecido
. Este capitão sozinho decide entrar no aeroporto e, firmemente, diz ao oficial de dia que: o aeroporto está cercado; os objectivos do Movimento e exige a sua rendição. O bluff de Costa Martins foi bem sucedido, «Nova Iorque» (nome de código do aeroporto) estava tomado. Finalmente, e depois de ter achado o caminho para o Aeroporto (ao que parece a coluna perdeu-se nas ruas de Camarate, se não estou em erro), a coluna militar da EPI dirigida pelo capitão Rodrigues chega ao seu destino. De imediato o capitão Costa Martins dirige-se à torre de controlo e emite um comunicado (NOTAM) que interditava o espaço aéreo português e o desvio do tráfego comercial para Madrid e Las Palmas. Nenhum avião tem ordem para aterrar ou levantar voo, inclusive nas bases aéreas militares. Às 04h20 era transmitida a informação à Pontinha que «Nova Iorque» estava ocupada e controlada.
Natural de Silves, Costa Martins tem um papel preponderante no MFA, tanto, durante os preparativos do fim do regime, no próprio 25 de Abril, como no período revolucionário. O seu nome consta nas 21 nomeações do Conselho de Estado do pós-25 de Abril representado o MFA; é nomeado ministro do Trabalho nos II, III, IV e V Governo Provisório. Como ministro do trabalho teve um papel decisivo na criação do salário mínimo nacional e o 13º mês de ordenado, conquistas laborais que ficariam consagradas na Constituição da República de 1976. Acabou por ser envolvido numa polémica política lançada por sectores de direita sobre o «Dia do Trabalho», onde na qual foi propositadamente acusado de ter ficado com parte de dinheiro referente ao «dia de salário para a nação». Acabou por ser totalmente ilibado destas acusações.
Um dos militares que em 1974 optou por não dormir no dia 25 de Abril para que então o povo português passa-se a dormir melhor consigo mesmo, faleceu no passado dia 7.
O então capitão Costa Martins realiza um acto heróico que é muitas vezes esquecido

Natural de Silves, Costa Martins tem um papel preponderante no MFA, tanto, durante os preparativos do fim do regime, no próprio 25 de Abril, como no período revolucionário. O seu nome consta nas 21 nomeações do Conselho de Estado do pós-25 de Abril representado o MFA; é nomeado ministro do Trabalho nos II, III, IV e V Governo Provisório. Como ministro do trabalho teve um papel decisivo na criação do salário mínimo nacional e o 13º mês de ordenado, conquistas laborais que ficariam consagradas na Constituição da República de 1976. Acabou por ser envolvido numa polémica política lançada por sectores de direita sobre o «Dia do Trabalho», onde na qual foi propositadamente acusado de ter ficado com parte de dinheiro referente ao «dia de salário para a nação». Acabou por ser totalmente ilibado destas acusações.
Um dos militares que em 1974 optou por não dormir no dia 25 de Abril para que então o povo português passa-se a dormir melhor consigo mesmo, faleceu no passado dia 7.
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